Olá!
Vivemos em uma era em que somos bombardeados por fórmulas de controle, força e desempenho. Mas, paradoxalmente, o caminho da cura verdadeira não passa por conquistar mais — e sim por aceitar o que já é.
Como ensina Um Curso em Milagres, o Reino de Deus é a nossa herança.
E tudo o que temos a fazer é escolher aceitá-lo.
A vulnerabilidade nasce da separação
O Capítulo 7 do Curso, "Os Presentes do Reino", nos lembra que a vulnerabilidade surge quando acreditamos na ilusão da separação. O ego nos faz pensar que estamos sozinhos, incompletos e ameaçados — e isso ativa o medo, a culpa, a autoproteção.
Quando nos sentimos vulneráveis, o ego nos empurra para a defesa ou para o ataque. E, nesse jogo, surge a armadilha:
A culpa torna a pessoa altamente manipulável.
Para agradar, compensar, se justificar ou até punir, mudamos comportamentos sem curar a causa. Mas isso só reforça a prisão interna.
A fé é o caminho de volta
Fé, aqui, não é crença cega.
É uma lembrança amorosa:
"Eu não estou sozinha. Eu sou luz. Eu sou cuidada."
É a coragem de dizer:
“Eu não sei como lidar com isso agora. Mas entrego ao Espírito Santo.”
Essa entrega é um ato de humildade e verdade.
É o que dissolve o ego — sem guerra — com luz.
Aceitar não é desistir. É confiar.
Aceitação não é passividade.
É coragem espiritual.
É olhar para o que é — caos, dor, desordem — e dizer:
"Eu aceito que isso está aqui. E mesmo sem saber como lidar, eu não nego. Eu entrego."
Esse é o início do milagre.
O ego quer saber “por quê” — mas a cura começa com o “para quê”
O ego vive perguntando:
-
“Por que isso aconteceu comigo?”
-
“Por que sofro tanto?”
-
“Por que não me valorizam?”
Mas o Espírito Santo nos convida a uma pergunta mais libertadora:
“Para que isso está me sendo mostrado agora?”
Enquanto o “por quê” busca culpa,
o “para quê” abre o caminho da cura.
Nada precisa ser conquistado — tudo pode ser aceito
“O Reino de Deus é minha herança.
Eu não preciso conquistar nada.
Eu apenas aceito.”
Esse é o ponto final das tentativas e o ponto de partida da confiança.
Quando aceito a existência, mesmo sem entender, posso observar:
“Como vou lidar com isso agora?”
E se não sei, está tudo bem —
porque eu posso entregar.
Finalizo com essa oração pessoal:
Hoje eu ofereço o que desejo receber:
Paz. Gentileza. Confiança.
Não existe pressão.
Existe resistência —
e, com a aceitação, ela se dissolve.
Precisamos escolher lembrar quem somos.
E nesse processo, é natural esquecer, tropeçar, resistir.
Mas cada vez que volto ao silêncio, à respiração, à oração, eu me lembro:
“Eu sou luz. Eu sou filha de Deus. Eu sou livre.”
A lembrança cura mais do que o esforço.
E cada escolha por lembrar é um passo de volta para Casa.
Com amor e entrega,
Marta Pierina Verona
🕊️ Inteira, curada e livre.
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