O Ruivo e a minha ressurreição

Gente,

Houve um tempo em que eu não estava morta.

Mas também não estava viva.

Eu funcionava.
Cumpria papéis.
Entregava resultados.
Sustentava tudo.

Mas algo essencial havia sido silenciado em mim.

Quando li “O Ruivo – A Ressurreição da Mulher Selvagem”, entendi:
não era fraqueza.
Era distanciamento da minha natureza.

O Ruivo — a intensidade, a verdade, a força instintiva — havia sido contido para que eu coubesse.
Em relações.
Em sistemas.
Em expectativas.

E então veio La Loba.

A mulher que não tem medo dos ossos.
Que não rejeita o que doeu.
Que canta sobre os restos da própria história até que a vida volte.

Eu precisei olhar para os meus ossos: as perdas, os silêncios, as dores, as rupturas.
Não para sofrer mais — mas para integrar.

Os Quatro Rabinos também me ensinaram algo essencial: nem todo despertar é maturidade.
É preciso voltar com sabedoria, não com feridas abertas.

A minha ressurreição não foi barulhenta. Foi consciente.

Hoje, a Mulher Selvagem em mim:

  • sente, mas não se perde

  • ama, mas não se abandona

  • trabalha, mas não se anula

  • vive, sem pedir permissão

Eu não voltei a ser quem eu era. Voltei mais inteira.

E isso, para mim, é ressurreição.

Com carinho,

Marta Verona

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